20 Anos depois de Borges (2)
O MAR (1964)
Antes do sonho (ou o terror) tecer
mitologias e cosmogonias,
antes que o tempo se cunhasse em dias,
o mar, o sempre mar, já estava e era.
Quem é o mar? Quem é o violento
e antigo ser que rói os pilares
da terra, e é um e muitos mares,
e abismo e resplendor e acaso e vento?
Quem o contempla, o vê pela primeira vez,
sempre. Com o assombro que as perfeitas coisas
elementares deixam, as formosas
tardes, a lua, o fogo da fogueira.
Quem é o mar, quem sou? Sei-o no dia
que virá logo após minha agonia.
Jorge Luis Borges
Antes do sonho (ou o terror) tecer
mitologias e cosmogonias,
antes que o tempo se cunhasse em dias,
o mar, o sempre mar, já estava e era.
Quem é o mar? Quem é o violento
e antigo ser que rói os pilares
da terra, e é um e muitos mares,
e abismo e resplendor e acaso e vento?
Quem o contempla, o vê pela primeira vez,
sempre. Com o assombro que as perfeitas coisas
elementares deixam, as formosas
tardes, a lua, o fogo da fogueira.
Quem é o mar, quem sou? Sei-o no dia
que virá logo após minha agonia.
Jorge Luis Borges
2 Comments:
Após o comentário deixado na Cigarra, vim, naturalmente visitar a casa de origem do autor.
A questão absolutamente intrigante que se me ocorre é: se um único espaço de postagem me dá tanto trabalho e me ocupa mais tempo que o que devia - organizar as ideias, tentar que haja algum sumo depois de tudo espremido, escrever, pelo menos, sem erros ortográficos, fazer as imagens, trabalhá-las, etc - como é que há quem consiga manter três?... TRÊS???...
Qual é o segredo? Prozac?... Gin-seng?... Cortizona?...
Perfeito. Tem uma boa semana.
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