quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Variação sobre «As Intermitências da Morte»

E um dia a Morte fez-se passar por vida, enjeitando o papel intemporal de carrasco.
Concedendo a missão de se anunciar à eterna parceira gadanha, partiu para cumprir o mais estranho encargo de todos os tempos, repondo a normalidade da morte no destino de um homem.
Mas aquilo que a Morte desconhecia é que a morte já não era morte. Não o era porque se tornara, sem o saber, demasiado humana. Porque só os humanos têm o dom de amar.
No limbo se fez mulher, e de morte se fez vida.
Inspirado em «As Intermitências da Morte» de José Saramago (Editorial Caminho, 2005)

1 Comments:

Blogger Verena Sánchez Doering said...

muchas gracias por tus saludos en Sucesos
un abrazo y que estes muy bien

besos y sueños

12:57 da manhã  

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