Em volta de Rilke
Não conheces torres, tu, que feneces
Mas vais descobrir uma agora
No fabuloso espaço que aflora
em ti. Fecha como numa prece
o rosto. Foste tu a levantá-la
sem dares por olhares e acenos de mão.
De súbito, é a plena perfeição,
e eu, homem feliz posso habitá-la.
Ah, lá dentro é como um abraço!
Leva-me à cúpula com os teus afagos:
a ver se em noites mansas lanço
com o ímpeto que põe ventres em fogo
mais sentimentos do que eu próprio alcanço.
Rainer Maria Rilke
Mas vais descobrir uma agora
No fabuloso espaço que aflora
em ti. Fecha como numa prece
o rosto. Foste tu a levantá-la
sem dares por olhares e acenos de mão.
De súbito, é a plena perfeição,
e eu, homem feliz posso habitá-la.
Ah, lá dentro é como um abraço!
Leva-me à cúpula com os teus afagos:
a ver se em noites mansas lanço
com o ímpeto que põe ventres em fogo
mais sentimentos do que eu próprio alcanço.
Rainer Maria Rilke
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